Categories: Diversos

Acnur: refugiados empreendedores querem ampliar negócios no Brasil – Agência Brasil

Refugiados que conseguiram se restabelecer no Brasil através do empreendedorismo almejam ampliar seus negócios no país. É o que sugere o levantamento realizado através de uma parceria entre o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), e a Innovare Pesquisa, empresa que desenvolve de sondagens de opinião e de mercado.

Os dados foram apurados a partir da plataforma virtual Refugiados Empreendedores. Criada em 2021 pelo Acnur e pelo Pacto Global da ONU no Brasil, ela conta com mais de 120 negócios listados. A pesquisa foi respondida por 63 pessoas: 47 da América Latina, 9 do Oriente Médio e 7 da África.

Entre os participantes da pesquisa, 96% manifestaram o desejo de ampliar suas atividades no Brasil. Além disso, 73% avaliaram a qualidade de vida no país como “ótima”.

Outro dado da pesquisa que chama atenção é o uso da internet para o comércio. Embora 47% contem com lojas físicas, o principal meio de venda dos produtos é pelas redes sociais (84%). O levantamento mostra ainda que as empresas destes empreendedores, de forma geral, têm tempo médio de três anos de existência.

Segundo o Acnur, os dados demonstram a importância do empreendedorismo para a retomada financeira e autonomia dos refugiados. Para 69% dos participantes da pesquisa, essa é a principal fonte de sustento de suas famílias. Além disso, 71% informaram possuir Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o que significa que têm um negócio formal no Brasil, com recolhimento de impostos e outros atributos.

De acordo com o Acnur, 60% dos refugiados empreendedores são mulheres. Há, ao todo, 34 cidades brasileiras com registros de atividades, com uma maior concentração em São Paulo, Boa Vista e Manaus. O segmento da gastronomia se destaca, mas há também negócios nas áreas de artesanato, design e arte, moda, entre outras. O empreendedorismo, geralmente, não é uma novidade: 63% já empreendiam no país de origem.

Capacitação e Burocracia

Os dados levantados indicam que os refugiados buscam se preparar para atuar com o empreendedorismo no país. Entre os participantes, 81% passaram por alguma capacitação no Brasil. Isso inclui cursos promovidos pelo Acnur pela plataforma virtual Refugiados Empreendedores.

A formalização do negócio e os aspectos burocráticos foram apontados na pesquisa como os principais desafios para o desenvolvimento dos negócios: houve menção de 23% dos participantes. A falta de recursos para investimento foi citada por 21% e a dificuldade com o idioma por 15%.

Share

Recent Posts

Confronto entre garimpeiros e Polícia Federal termina com cinco mortos – Agência Brasil

Um confronto na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, no Mato Grosso, que começou…

1 hora ago

Distrito Federal registra chuvas isoladas após 157 dias de seca – Agência Brasil

Moradores de algumas regiões do Distrito Federal comemoraram a chegada da chuva, após 157 dias…

1 hora ago

Botafogo-SP arranca empate de 1 a 1 com o Vila Nova em Goiânia – Agência Brasil

Em jogo transmitido ao vivo pela TV Brasil, o Botafogo-SP arrancou um empate de 1…

1 hora ago

Brasil dialoga com Líbano sobre possível repatriação de brasileiros – Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discutiu neste sábado (28) com o chanceler do…

2 horas ago

Mulheres fazem ato no Masp no Dia de Luta pela Legalização do Aborto – Agência Brasil

Centenas de mulheres realizaram uma manifestação em defesa da legalização do aborto em frente ao…

3 horas ago

Prefeitura de SP marca presença em evento voltado ao público 50+ – Agência Brasil

A Prefeitura de São Paulo participa da sexta edição da Expo Longevidade, que acontece de…

4 horas ago