O aumento do preço de várias mercadorias importadas e as medidas de lockdown na China afetaram a balança comercial brasileira em maio. No mês passado, o país exportou US$ 4,943 bilhões a mais do que importou. Esse é o superávit mais baixo para o mês desde 2019, quando o resultado tinha ficado positivo em US$ 4,369 bilhões.
Nos cinco primeiros meses do ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,128 bilhões. Isso representa 6,4% a menos que o registrado de janeiro a maio do ano passado (US$ 8,087 bilhões), pelo critério da média diária. O resultado é o mais baixo para o período desde 2018, quando o superávit acumulado tinha ficado US$ 20,005 bilhões.
Tradicionalmente, as estatísticas da balança comercial são divulgadas no primeiro dia útil de cada mês. No entanto, por causa da greve dos analistas de comércio exterior, o resultado foi adiado para hoje, um dia antes de vencer o prazo legal do décimo dia útil para a divulgação.
No mês passado, o Brasil vendeu US$ 29,648 bilhões para o exterior e comprou US$ 24,704 bilhões. Tanto as exportações como as importações bateram recorde para meses de maio desde o início da série histórica, em 1989. No entanto, as importações cresceram mais que as exportações.
Em maio, o valor das vendas para o exterior subiu 8% em relação a maio do ano passado, pelo critério da média diária. O valor das importações aumentou 33,5% na mesma comparação.
A valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) contribuiu para o recorde das exportações, mas começou a aumentar o valor das importações. Isso porque o preço de diversas mercadorias que o Brasil importa subiu, mesmo com a quantidade comprada do exterior caindo.
No mês passado, o volume de mercadorias importadas subiu apenas 0,1%, enquanto os preços aumentaram 35,7%, em média, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os produtos com maior impacto na balança comercial foram combustíveis refinados, adubos e fertilizantes, carvão, petróleo bruto, trigo e centeio. Mesmo com a quantidade comprada caindo para a maioria desses produtos, o valor importado subiu, por causa do encarecimento desses itens.
Nas exportações, a quantidade vendida caiu 7,9%, pressionada pela queda nos embarques de grãos e de minérios para a China, que tem algumas regiões em lockdown por causa da pandemia de covid-19. Os preços médios subiram 21,9%.
Em abril, o governo tinha aumentado para US$ 111,6 bilhões a projeção de superávit comercial para 2022, por causa da valorização das commodities. O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que a próxima estimativa, a ser apresentada em julho, pode ser revisada para baixo por causa do crescimento das importações.
“Dado que a importação vem crescendo acima da taxa da última previsão, é esperado que ela seja revisada para cima. Então, muito provavelmente, a próxima expectativa de saldo vai trazer um valor menor, sim, para o ano”, declarou o subsecretário.
Movimentos sociais e entidades realizam hoje (22), na capital paulista, a Marcha por Justiça Climática,…
Cerca de mil estudantes de mais de 100 povos indígenas estiveram em Brasília na última…
Líderes da maioria dos países reunidos na Cúpula do Futuro, da Organização das Nações Unidas…
Um novo edital voltado para startups, dentro do Programa Petrobras Conexões para Inovação será lançado…
Os moradores do Distrito Federal participaram neste domingo (22) de ações voltadas para sensibilização da…
Em seu primeiro discurso nesta viagem a Nova York, para a Assembleia da Organização das…