Categories: Diversos

Barroso libera pagamento do piso nacional da enfermagem – Agência Brasil

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta segunda-feira (15) o pagamento do piso nacional da enfermagem. Contudo, o ministro entendeu que estados e municípios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do governo federal.

A decisão do ministro foi proferida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso. A medida foi publicada na sexta-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem.

Notícias relacionadas:

Padilha: novo piso salarial é reconhecimento do papel da enfermagem.Lula sanciona R$ 7,3 bilhões para novo piso nacional da enfermagem .O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.  

Em setembro do ano passado, Barroso suspendeu o piso salarial nacional da enfermagem e deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.

Na nova decisão, o ministro disse que os recursos repassados não serão suficientes para que os estados garantam o pagamento do piso para profissionais que trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Assim em relação aos estados, Distrito Federal e municípios, bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo SUS, a obrigatoriedade de implementação do piso nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência financeira prestada pela União para essa finalidade”, decidiu.

No caso de profissionais da rede hospitalar privada, Barroso entendeu que, diante do risco de demissões, o piso também deve ser pago aos profissionais, mas, poderá negociado coletivamente entre empresas e sindicatos da categoria.

“Ao permitir tão somente que o valor previsto pelo legislador nacional possa ser suplantado por previsão em sentido diverso eventualmente constante de norma coletiva, implementa-se a lei em favor da integralidade da categoria e, ao mesmo tempo, evitam-se os riscos de demissões e fechamento de leitos”, escreveu o ministro.

Para os profissionais que trabalham para o governo federal, o piso deverá ser pago integralmente, conforme lei de criação da medida.

Dados do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de profissionais no país, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras.

Share

Recent Posts

INSS começa a pagar benefícios acima do mínimo nesta terça – Agência Brasil

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a pagar nesta terça-feira (1º) o calendário…

29 minutos ago

Conta de energia elétrica fica mais cara a partir de hoje – Agência Brasil

A conta de energia elétrica fica mais cara a partir desta terça-feira (1º), com o…

29 minutos ago

STJ – Quarta Turma antecipa sessão ordinária de 8 de outubro para a próxima quinta-feira (3)

Quarta Turma antecipa sessão ordinária de 8 de outubro para a próxima quinta-feira (3) -…

1 hora ago

STJ – STJN traz decisão que autorizou Metrô de São Paulo a cobrar TIM pelo uso dos túneis para passar cabos

STJN traz decisão que autorizou Metrô de São Paulo a cobrar TIM pelo uso dos…

1 hora ago

Hoje é Dia: datas, fatos e feriados de outubro de 2024 – Agência Brasil

O mês de outubro de 2024 começa com uma campanha de conscientização. A partir de…

1 hora ago

Picadas de aranhas são segunda causa de envenenamento no país – Agência Brasil

O Brasil registrou 341.806 acidentes com animais peçonhentos ao longo de todo o ano de…

1 hora ago