Categories: Diversos

Cade investigará se plataformas cometeram abuso de posição dominante – Agência Brasil

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou, nesta terça-feira (2), procedimento preparatório de inquérito administrativo para apurar suposto abuso de posição dominante por parte do Google e da Meta, no âmbito das discussões relacionadas ao Projeto de Lei (PL) 2.630/20. Conhecido como PL das Fake News, o texto visa à regulamentação das redes sociais.

O Cade tomou a decisão depois de receber várias denúncias contra as plataformas Google e Meta apontando para a suposta realização de campanha contra o projeto nestas redes e também no YouTube, Facebook e Instagram. No documento, o Cade diz que as empresas estão sendo investigadas em outros inquéritos que apuram indícios de infração à ordem econômica.

Notícias relacionadas:

Moraes determina retirada de anúncios online sobre o PL das Fake News.MPF questiona Google sobre campanha contra PL das Fake News.Big techs agem para impedir aprovação do PL das Fake News.“Este conselho está atento e buscando ativamente combater infrações à ordem econômica em mercados digitais, as quais, em virtude da dinamicidade característica de tais mercados, clamam pela adoção de medidas céleres e precisas das autoridades antitruste”, diz despacho do Cade.

De acordo com as denúncias, nos últimos dias, as plataformas Google e Meta usaram todos os recursos possíveis para impedir a aprovação do projeto, em discussão no Congresso Nacional. Entre as medidas, estariam a apresentação de resultados de busca enviesados para usuários que pesquisam por termos relacionados ao projeto de lei, privilegiando conteúdos críticos ao texto e impedindo a publicação em redes sociais de posicionamentos favoráveis à proposta.

Por isso, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) expediu ofício à empresa Google solicitando informações sobre suposto favorecimento de resultados contrários PL 2.630/20.

O órgão cita um estudo de pesquisadores do Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais (NetLab), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), chamado A Guerra das Plataformas contra o PL 2.630, que mostra as diversas iniciativas das plataformas nesse sentido.

Quem também se manifestou foi a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) que determinou que a Google cumpra, imediatamente, uma série de medidas cautelares para corrigir os indícios de que estaria censurando o debate público sobre o projeto de lei.

Por já ter dado ampla divulgação às críticas à proposta de regulação das plataformas digitais, a Google também terá que começar a veicular, em até duas horas após ser notificada da decisão, as posições favoráveis ao projeto de lei. Se descumprir as determinações da Senacon, a empresa será multada em R$ 1 milhão por hora.

Share

Recent Posts

Gusttavo Lima é indiciado; cantor nega ser sócio de empresa de bets – Agência Brasil

O cantor Gusttavo Lima fez uma live nesta segunda-feira (30) para se defender das acusações contra…

3 horas ago

São Paulo tem 6% das candidaturas indeferidas ou com recursos – Agência Brasil

Das 78.288 solicitações de registro de candidatura para as eleições municipais no estado de São…

5 horas ago

Instrumentos do samba se tornam manifestações da cultura nacional – Agência Brasil

Nove instrumentos musicais do samba, entre eles o pandeiro, o tam-tam, a cuíca e o…

6 horas ago

Simplificação de importações resultará em economia de R$ 40 bi por ano – Agência Brasil

Prevista para começar em 1º de outubro, a simplificação de importações proporcionada pela migração das…

6 horas ago

Lagos na Amazônia registram maior média de temperatura para agosto – Agência Brasil

O monitoramento realizado pela plataforma Lagos da Amazônia apontou aumento na média da temperatura registrada…

6 horas ago

Dívida Pública cai 1,46% em agosto para R$ 7,035 trilhões – Agência Brasil

Influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados à inflação, a Dívida Pública Federal…

7 horas ago