Uma comitiva formada por integrantes do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) visitou nesta quinta-feira (28) uma região da Reserva Indígena Yanomami, em Roraima, para apurar denúncias de estupro e homicídio de uma jovem indígena de 12 anos, além do desaparecimento de um bebê. Os crimes teriam sido cometidos por garimpeiros que atuam ilegalmente na terra indígena.
As diligências contaram com apoio do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) para o deslocamento das autoridades, pois a área é de difícil acesso.
Em nota, o MPF informou que foram colhidos relatos de indígenas da comunidade, mas após buscas na região não foram encontrados indícios materiais da prática dos crimes de homicídio e estupro ou de óbito por afogamento. “As diligências demonstraram a necessidade de aprofundamento da investigação, para melhor esclarecimento dos fatos”, disse o órgão.
Ainda segundo o MPF, a investigação, que está sendo empreendida por diversos órgãos, encontra-se em andamento e que novas informações só serão divulgadas com a conclusão dos trabalhos.
Mais cedo, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia pediu uma apuração rigorosa sobre a denúncia. O caso foi relatado por Júnior Hekurari Yanomami, liderança indígena, em um vídeo divulgado nas redes sociais na segunda-feira (25).
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