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Matemática contribuiu para projeções durante pandemia de covid-19 – Agência Brasil

No início de 2020, o mundo foi surpreendido pela rápida disseminação do vírus da covid-19. Medidas rigorosas de distanciamento social foram prontamente implementadas para conter o vírus até então desconhecido. Houve uma resposta ágil dos cientistas, tanto os da área da saúde quanto pesquisadores que passaram a se debruçar sobre esse tema, como os matemáticos que subsidiaram os governos com modelos utilizados nas projeções que embasaram a necessidade de lockdowns para diminuir a taxa de transmissão da doença.

É sobre a contribuição da comunidade matemática durante a pandemia que o professor titular do departamento de Matemática Aplicada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Paulo Silva vai tratar no 34º Colóquio Brasileiro de Matemática. Considerado a mais abrangente reunião científica da comunidade matemática brasileira, o encontro será realizado de segunda (24) a sexta-feira (28) pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), no Rio de Janeiro.

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Estudantes do Rio querem medalha de ouro na Olimpíada de Matemática.“Teve um trabalho importante de uma universidade inglesa em que eles fizeram projeções mostrando que, se você seguisse os modelos epidemiológicos tradicionais, a combinação de uma doença muito infecciosa com uma população totalmente suscetível porque era uma doença nova ia gerar sobrecarga no sistema de saúde. Foi baseada nessa projeção construída a partir de modelos matemáticos de epidemiologia que se começaram a tomar as primeiras decisões de fazer lockdowns para diminuir a capacidade de transmissão da doença”, disse Paulo Silva.

O professor conta que, a partir de então, os governos apoiados pela comunidade científica passaram a usar os modelos matemáticos epidemiológicos para tomar suas decisões ao analisar o grau de transmissibilidade da covid-19. “Toda a metodologia desenvolvida pode ser utilizada em futuras pandemias ou mesmo em doenças que já existem.”

A edição deste ano do colóquio contará com a participação de seis plenaristas internacionais, entre eles, o matemático Federico Ardila, pesquisador da Universidade de São Francisco (EUA), que já trabalhou ao lado do medalhista Field June Huh.

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