Categories: Diversos

Ministério Público pede cassação de Moro por abuso de poder econômico – Agência Brasil

A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) pediu, na noite dessa quinta-feira (14), a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) por abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022. O órgão também pede que o ex-juiz seja declarado inelegível.

Moro responde a duas ações que são julgadas em conjunto no TRE-PR, uma aberta pelo PL e outra pela federação PT/PV/PCdoB. O partidos alegam que Moro fez gastos excessivos antes de oficializar sua candidatura ao Senado, quando ainda pretendia se candidatar à Presidência da República, desequilibrando a disputa.

Notícias relacionadas:

CNJ abre processo disciplinar contra Moro e desembargadores do TRF4.Gilmar e Toffoli votam para considerar Moro parcial na Lava Jato.Em parecer de 79 páginas protocolado no fim da noite, os procuradores regionais eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado escreveram que “a lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral”. 

As ações foram motivadas pelos gastos do senador quando era pré-candidato à Presidência pelo partido Podemos. Segundo a acusação, enquanto tentava viabilizar a candidatura, Moro gastou com viagens, eventos e outras despesas mais de R$ 4 milhões. 

Em seguida, pouco antes do prazo final, o senador mudou de partido, para o União Brasil, legenda pela qual saiu candidato ao Senado. O limite legal de gastos para o cargo, contudo, é consideravelmente menor, motivo pelo qual Moro teria desequilibrado o pleito a seu favor, argumentam as legendas adversárias. 

A defesa do Senador diz haver “conotação política” nos processos e nega irregularidades, argumentando que gastos de pré-campanha à Presidência não podem ser contabilizados na campanha para o Senado, uma vez que um cargo é de votação nacional e o outro somente no Paraná. 

Segundo as alegações do Ministério Público Eleitoral, contudo, tal separação não pode ser feita, “pois a projeção nacional de uma figura pública desempenha papel crucial, mesmo em eleição em nível estadual, influenciando diversos aspectos do processo eleitoral”. 

Após as alegações das partes e do MPE, cabe agora ao relator, juiz Luciano Carrasco Flavinha de Souza, divulgar seu voto, condenando ou absolvendo Moro. A maior probabilidade é que o caso seja julgado somente no ano que vem, dada a proximidade do recesso judiciário, que começa na próxima semana.

Share

Recent Posts

Volta às aulas: especialistas reforçam importância da vacinação – Agência Brasil

No retorno dos estudantes às salas de aula é importante que os responsáveis confiram se…

56 minutos ago

Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas abre inscrições – Agência Brasil

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) abre as inscrições para sua edição de…

56 minutos ago

Supremo retoma julgamento sobre letalidade policial no Rio – Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (5), às 14h, o julgamento sobre a…

2 horas ago

Flamengo fecha acordo com família de goleiro morto no Ninho do Urubu – Agência Brasil

O Clube de Regatas do Flamengo assinou nessa terça-feira (4) acordo com a família do…

2 horas ago

STJ – Termo de adesão a associação de moradores não vale como título executivo extrajudicial

Termo de adesão a associação de moradores não vale como título executivo extrajudicial - Termo…

3 horas ago

PF prende criminoso especializado em assaltos a agências da Caixa – Agência Brasil

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam nessa terça-feira (4) um homem que fazia parte de…

3 horas ago