Grupos criminosos dedicados à lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional são alvos da Operação Corona deflagrada hoje (15) pela Polícia Federal nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e do Amazonas.
As investigações que resultaram na operação desta quarta-feira foram iniciadas em 2020 após a apreensão de cerca de 650 quilos de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião em Igarassu, cidade localizada na região metropolitana do Recife.
Segundo a PF, naquela ocasião, o piloto, copiloto e outros criminosos foram presos em flagrante quando descarregavam a droga. “O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape”.
Com o aprofundamento das investigações, foi descoberta uma estrutura criminosa de empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional. As empresas estão espalhadas pelo país, mas a maior parte concentrada em municípios do estado de São Paulo. Só nos primeiros quatro meses de 2020, elas movimentaram mais de R$ 116 milhões.
Os policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco, em endereços ligados aos investigados, em cidades dos quatro estados.
O nome da operação, Corona, é uma palavra espanhola que significa coroa em português e se refere ao nome do aeródromo, onde a cocaína foi apreendida no início de 2020.
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