Categories: Diversos

Sede do G7, Hiroshima é símbolo dos efeitos da guerra – Agência Brasil

A memória da primeira bomba atômica a ser lançada sobre uma cidade não é só preservada em Hiroshima, é cultuada como uma lição para a humanidade. Mas por que o governo norte-americano escolheu Hiroshima como alvo? Primeiramente, por ser uma cidade querida para os japoneses. Também pesaram na decisão a importância militar local e o fato de a cidade ser bastante populosa. Hiroshima é um porto e tinha mais de 300 mil habitantes na época.

Um museu na cidade mostra o horror do que aconteceu. Primeiro foi a explosão da bomba atômica. Com raríssimas exceções, quem estava num raio de 2 quilômetros morreu. Depois, os focos de incêndio se transformaram em inferno de fogo que durou 4 horas. E teve também uma chuva radioativa. 

Notícias relacionadas:

No G7, Brasil assina declaração conjunta para combater a fome.Lula se reúne com primeiro-ministro do Japão e propõe maior cooperação.No local, as poucas fotos daquele dia são chocantes. Há feridos, com terríveis queimaduras. Hiroshima tinha poucos médicos e enfermeiras, e quase todos morreram na explosão. Não havia remédios nem anestésicos. O sofrimento dos sobreviventes era intenso. 

As áreas militares de Hiroshima ficavam longe do centro da cidade. Jogar a bomba na cidade tinha o intuito de matar o maior número de civis. Com um país completamente envolvido na guerra, com tantos homens lutando, essas pessoas eram basicamente mulheres, crianças e idosos. 

Para os japoneses, Hiroshima virou o símbolo supremo da Segunda Guerra Mundial, que aliás, para eles, é vista como a guerra contra os Estados Unidos. 

No momento onde a Rússia e a Coreia do Norte insinuam ameaças do uso de bombas atômicas, Hiroshima foi escolhida para sediar o G7, como prova viva da mortandade, da crueldade e do mais próximo que o ser humano chegou da ideia do que é o apocalipse.

Em entrevista à Agência Brasil, o embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji, afirmou que a escolha da cidade para sediar o evento tem relação com o atual momento histórico. 

“Estamos em meio a efeitos negativos de desastres por navios, a crise internacional pela invasão Rússia na Ucrânia e, por isso, nosso primeiro-ministro [Fumio Kishida] decidiu presidir a cúpula do G7 em Hiroshima para falar sobre os problemas e desafios internacionais que estamos enfrentando hoje”, apontou. 

Para Teiji, “Hiroshima é uma “cidade icônica sobre a paz e também sobre [os efeitos das] armas nucleares”.

Share

Recent Posts

Gusttavo Lima é indiciado; cantor nega ser sócio de empresa de bets – Agência Brasil

O cantor Gusttavo Lima fez uma live nesta segunda-feira (30) para se defender das acusações contra…

13 minutos ago

São Paulo tem 6% das candidaturas indeferidas ou com recursos – Agência Brasil

Das 78.288 solicitações de registro de candidatura para as eleições municipais no estado de São…

2 horas ago

Instrumentos do samba se tornam manifestações da cultura nacional – Agência Brasil

Nove instrumentos musicais do samba, entre eles o pandeiro, o tam-tam, a cuíca e o…

3 horas ago

Simplificação de importações resultará em economia de R$ 40 bi por ano – Agência Brasil

Prevista para começar em 1º de outubro, a simplificação de importações proporcionada pela migração das…

3 horas ago

Lagos na Amazônia registram maior média de temperatura para agosto – Agência Brasil

O monitoramento realizado pela plataforma Lagos da Amazônia apontou aumento na média da temperatura registrada…

3 horas ago

Dívida Pública cai 1,46% em agosto para R$ 7,035 trilhões – Agência Brasil

Influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados à inflação, a Dívida Pública Federal…

4 horas ago