Categories: Diversos

USP e Ibram lançam sistema para identificar procedência do ouro – Agência Brasil

A Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) anunciaram hoje (18) o lançamento de uma ferramenta para a identificação da procedência do ouro brasileiro. Segundo as entidades, a plataforma auxiliará compradores a encontrar a fonte de procedência do mineral, permitindo diferenciar o ouro legal do ilegal.

Chamada de Plataforma de Compra Responsável de Ouro (PCRO), o sistema – que atualmente está em fase de testes – deverá funcionar efetivamente dentro de cerca de três meses, por meio da internet, , em português e inglês.

Notícias relacionadas:

Comércio de ouro: maioria do STF vota por suspender boa-fé presumida.Governo finaliza MP do Ouro, que torna mais rígido comércio do minério.“O sistema permite separar o ouro legal do ouro ilegal, ouro de sangue, que destrói a natureza, destrói os povos indígenas e prostitui as crianças dos povos indígenas e a própria natureza. Permite a qualquer comprador saber se aquele ouro é legal ou ilegal”, disse o diretor-presidente do Ibram, Raul Julgmann.

 “Estamos retirando do mercado esse ouro ilegal e, portanto, sufocando essa atividade que é absolutamente criminosa e, mais das vezes, associada ao crime organizado”, acrescentou.

O sistema foi desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa para a Mineração Responsável (NAP.Mineração) da USP, com financiamento da WWF e apoio do Instituto Igarapé. A primeira versão da plataforma foi testada por diversos usuários públicos e privados, como o Ministério Público Federal, bancos e joalherias.

 “Este acordo de cooperação da USP com o Ibram tem um papel civilizatório. Ele permitirá enfrentar e afastar um conjunto de atividades ilegais ligadas à mineração, permitindo uma atividade mineradora inclusiva, que preserva a biodiversidade brasileira e os direitos inalienáveis dos povos originários”, disse a vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda.

Ilegalidade

De acordo com o Instituto Escolas, de 2015 a 2020, cerca de 50% do ouro comercializado no Brasil – ou 229 toneladas – vinha de garimpos ilegais. Segundo o instituto, a atividade criminosa multiplicou em cinco vezes – de 2010 a 2020 – sua atuação em terras indígenas, e, em três vezes, nas áreas de conservação ambiental.

 “A nossa expectativa é que os órgãos de controle do Ministério Público Federal, do Banco Central, da Agência Nacional de Mineração, da Receita Federal, e demais órgãos que exercem controle sobre a cadeia do ouro, exijam dos produtores do minério que passe por essa plataforma”, finalizou Jugmann.

Share

Recent Posts

Gusttavo Lima é indiciado; cantor nega ser sócio de empresa de bets – Agência Brasil

O cantor Gusttavo Lima fez uma live nesta segunda-feira (30) para se defender das acusações contra…

5 horas ago

São Paulo tem 6% das candidaturas indeferidas ou com recursos – Agência Brasil

Das 78.288 solicitações de registro de candidatura para as eleições municipais no estado de São…

7 horas ago

Instrumentos do samba se tornam manifestações da cultura nacional – Agência Brasil

Nove instrumentos musicais do samba, entre eles o pandeiro, o tam-tam, a cuíca e o…

8 horas ago

Simplificação de importações resultará em economia de R$ 40 bi por ano – Agência Brasil

Prevista para começar em 1º de outubro, a simplificação de importações proporcionada pela migração das…

8 horas ago

Lagos na Amazônia registram maior média de temperatura para agosto – Agência Brasil

O monitoramento realizado pela plataforma Lagos da Amazônia apontou aumento na média da temperatura registrada…

8 horas ago

Dívida Pública cai 1,46% em agosto para R$ 7,035 trilhões – Agência Brasil

Influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados à inflação, a Dívida Pública Federal…

9 horas ago