O escritor e cientista social Jorge Caldeira tomou posse nesta sexta-feira (25) na cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Caldeira sucedeu a acadêmica Lygia Fagundes Telles, que morreu no dia 3 de abril deste ano. Os ocupantes anteriores da cadeira 16 foram: o crítico literário Araripe Júnior (fundador) – que escolheu como patrono o poeta Gregório de Matos -, Félix Pacheco e Pedro Calmon. Jorge Caldeira foi recebido pelo acadêmico Celso Lafer.
Eleito para integrar a ABL no dia 7 de julho de 2022, Jorge Caldeira é escritor, doutor em ciência política e mestre em sociologia. Bacharel em ciências sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), Caldeira é especialista na história do Brasil. Nos últimos anos, dedicou-se a analisar a questão ambiental.
No discurso de posse, ele comparou o Brasil a um grande jardim que precisa ser cultivado e cuidado para ter um futuro promissor.
“Para restaurar o equilíbrio perdido, criar um futuro, é necessário tratar da natureza como um jardim. Como uma nova construção do homem. E lembrar que o paraíso é descrito como jardim. Esse grande jardim pode ser o Brasil. O país tem a natureza mais produtiva do planeta. Precisa saber dar valor a ela, pensar nela. Só assim, o homem brasileiro capturará, como dinheiro, o preço do carbono. Esta será a fonte de riqueza, numa economia de equilíbrio entre homem e natureza. Como se sabia desde sempre”.
Jorge Caldeira nasceu no dia 20 de dezembro de 1955, em São Paulo. É autor de livros como Mauá, empresário do Império e do best seller A história da riqueza no Brasil, que analisa as bases e o desenvolvimento da nossa economia, costumes e governos. Também escreveu livros sobre Diogo Antônio Feijó, José Bonifácio, Noel Rosa, Ronaldo, Guilherme Pompeo, Júlio Mesquita e outros personagens citados em obras como Brasil – A história contada por quem viu, 101 brasileiros que fizeram história e História do Brasil com empreendedores.
Como jornalista, Caldeira trabalhou nas revistas Bravo, Exame e Isto É, e no jornal Folha de São Paulo. Foi também consultor do projeto Brasil 500 anos, da Rede Globo.
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